30/11/2007

Omnibus Dubitandum

Andamos por aí buscando colar rótulos nas pessoas.
É o chato, o fresco, o tarado, a “igual à mãe” (só podia, né? Filho de peixe, peixinho é), o bichinha, a PUTA (em alto e bom tom), enfim, não faltam etiquetas para designar as pessoas, que, muitas vezes, por uma única atitude, acabam virando aquilo pra sempre.
À medida que vamos amadurecendo, conhecemos mais gente, mais lugares, mais coisas e mais percebemos que menos sabemos. Aprendemos a apreciar e respeitar as diferenças.
Tenho pena daqueles que se orgulham de dizer, com todas as letras, que tem C-E-R-T-E-Z-A de algo.
É uma tristeza estar atrelado a convicções. O crescimento está justamente na dúvida.
Uma das coisas úteis que aprendi na faculdade de direito, nas aulas do Prof. Luis Viana, foi a importância da dúvida: Omnibus Dubitandum.
De tudo duvidar, sobretudo das nossas próprias (in)verdades.

Um comentário:

Gustavo Ramiro disse...

Hoje ouvi uma musiquinha bem antiga: "eu sou como a borboleta, tudo que eu penso é liberdade..."
Pois é...