13/09/2007

Coisas para fazer antes de morrer



Em tempos de Alegria no Brasil, resolvi republicar esse post sobre o Cirque du Soleil:



Adentrar o toldo do Cirque du Soleil é transportar-se para um mundo de sonhos e fantasia. Tudo é tão cuidado e perfeito que parece quase irreal e as peripécias encenadas pelo elenco alcançam um nível tal que parecem desafiar as leis da natureza. Chega-se a questionar se aquilo não é algum tipo de mágica ou ilusão de ótica e se as figuras ali presentes são realmente seres humanos.

O espetáculo Dralion é uma fusão entre o tradicional circo chinês e a proposta avant-garde do Cirque du Soleil. O nome tem origem nos dois principais símbolos do ¨show¨: o dragão, representando o leste e o leão, o oeste. A inspiração vem da filosofia oriental de harmonia entre homem e natureza.

Se você já foi a qualquer outro circo: esqueça. O Cirque du Soleil não tem nada a ver com o que você já viu. Quebra padrões. Todos os conceitos são transformados e inovados.

Se os malabares se fazem normalmente com as mãos, aqui são executados em forma de coreografia, com todas as partes do corpo, por um bailarino que parece ter vindo do além, tamanha a sua agilidade e tão fartos e definidos os seus músculos. Se os personagens costumam sair da coxia, no Cirque eles brotam do chão ou caem do céu, espalhando emoções de parar a respiração. Um jogo tão familiar quanto pular corda é executado por pirâmides formadas por até dez pessoas. Dançarinas chinesas apresentam um ballet com as pontas dos pés sobre lâmpadas. Em Dralion, o Pas de Deux é aéreo e o casal, enrolado entre tiras de pano, demonstra a sua força e flexibilidade através de doces acrobacias. Isso sem falar no figurino imelhorável, nas cores, que combinam perfeitamente com cada ato e resplandecem nos olhos do espectador e na música ao vivo, sempre impactante.

Do início ao fim da apresentação, nada impressiona pouco e, em diversas ocasiões, quando o olho vacila e consegue, ainda que por alguns segundos, focar algo que não seja o palco, se pode constatar que o publico suspira e algumas pessoas seguram o queixo prestes a despencar de fascinação.

O espetáculo termina e não dá para ficar nostálgico nem querer mais. A apresentação é justo a conta para deixar qualquer um flutuando de emoção e contaminado pela alegria e beleza do circo. Fica a sensação de que ver o Cirque du Soleil tem que ser incorporado à lista do que não se deve deixar de fazer antes de morrer!

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