02/02/2009

To Lena on her birthday

Encontro

Nesse deserto sentimental:
Encontro
Chinelo velho; pé torto
Unha; cutícula
Mãe e filha
Filha e mãe
Assopramos, reciprocamente, as velas dos nossos barcos
Em busca de mares mais profundos
Almejamos portos coloridos
Para iluminar os dias cinzentos
Carrego as suas malas,
Deixo-lhe embarcar
Porque és livre
E podes navegar
Certa desse porto seguro:
Amor incondicional

30/01/2009

Lá, lá, lá...

Quero ser assim: etérea
Voar, voar
Lépida
Sem medos
Sem travas
Alma
Asas

07/01/2009

Triste conclusão

A medida que avançam os anos, a cara demora mais para desamassar pela manhã.

06/01/2009

Cores

Avenida Brasil
Beatriz Milhazes

25/09/2008

Eleições

Nessas horas, todo mundo é amigo de Lula.

05/03/2008

As cidades vísiveis

Em conversa virtual com minha querida amiga Andreildes, que retornou à Londres após longa temporada em Salvador, questionava sobre como anda a vida naquela metrópole.

Genial, como sempre, ela me vem com a seguinte pérola, que não pude deixar de registrar aqui:

"...Se Londres fosse gente, estaria sempre fazendo cú doce, ao contrario de Salvador, que fica logo sua "broder" sem nem te conhecer direito".

27/02/2008

Things I love


Caretas

Faço caras que niguém vê.
Nem eu.

Passarinho

Aquela imagem que eu não desenhei.
Por Saríssima Mobein

Se eu soubesse desenhar, retrataria uma gaiola de ferro, daquelas antigas.
As portas estariam abertas e, lá dentro, no cantinho, acuado, um passarinho.
Seria a melhor representação do que sou. Prisioneira de mim.

31/01/2008

GRRRRRRRR!!!

Me acordem de madrugada e verão a pior face do meu ser.

Em tempo: madrugada é qualquer coisa antes de 7:30a.m.

Ou seja, a pior face do meu ser pode ser vista todos os dias às 5:30 da matina. Ainda bem que ninguém me encontra nesse horário e só começo a socializar depois das 7:30a.m.

27/12/2007

Definitivamente

EU NÃO GOSTO DE NATAL
Não acredito em Papai Noel
Não acho as renas bonitinhas
Não suporto shoppings lotados
Acho os amigos-secretos sem graça
Odeio Simone
E PONTO FINAL

13/12/2007

05/12/2007

Corrosivo

A injustiça me corrói.

30/11/2007

Omnibus Dubitandum

Andamos por aí buscando colar rótulos nas pessoas.
É o chato, o fresco, o tarado, a “igual à mãe” (só podia, né? Filho de peixe, peixinho é), o bichinha, a PUTA (em alto e bom tom), enfim, não faltam etiquetas para designar as pessoas, que, muitas vezes, por uma única atitude, acabam virando aquilo pra sempre.
À medida que vamos amadurecendo, conhecemos mais gente, mais lugares, mais coisas e mais percebemos que menos sabemos. Aprendemos a apreciar e respeitar as diferenças.
Tenho pena daqueles que se orgulham de dizer, com todas as letras, que tem C-E-R-T-E-Z-A de algo.
É uma tristeza estar atrelado a convicções. O crescimento está justamente na dúvida.
Uma das coisas úteis que aprendi na faculdade de direito, nas aulas do Prof. Luis Viana, foi a importância da dúvida: Omnibus Dubitandum.
De tudo duvidar, sobretudo das nossas próprias (in)verdades.

27/11/2007

Coisas que eu gostaria de ter escrito

Deserto sentimental
Afinal onde foram parar os encontros?
Olho em minha volta e naufrago em meio a desencontros.
São barcos à deriva com velas e sem ventos.
Ventos que sopram sem velas para acolhê-los.
Braços que querem nadar e não chegam a rios ou mares.
Abraços que não encontram destino.
Navios cheios de passageiros cegos, surdos e mudos. Autistas!
Viajantes desejando partir não encontram suas embarcações.
Canoas sem remos e remos sem remadores.
Malas e sacolas sem donos jogadas no cais...
Afinal, onde foram parar os encontros?

By Lena Lebram - FLUPS! em novo endereço - http://www.liciafabio.com.br/flups.asp

Pousando em Salvador

1ª impressão: O mar abençoou essa terra.
2ª impressão: Favela, favela, favela, favela...

14/11/2007

Things I love


Oba! Na casa nova tem jardim.
Tô ansiosa para enchê-lo de plantas, com a ajuda de D. Lena, minha assessora para quase todos os assuntos.
"Fuçando" a net, encontrei um site da Casa & Jardim do qual gostei muito:
Essa fotinha foi tirada de lá e me fez lembrar de algo que escrevi há algum tempo e que trago "pra cá pra cima", porque tem tudo a ver com o momento. Aliás, tem tudo a ver, sempre!

Casa dos sonhos
A minha casa dos sonhos abrigará um jardim de inverno, lareira e bules de chá.
Na minha casa dos sonhos haverá um casal de Golden Retrivers e crianças em escadinha.
As cores serão vibrantes, pra espantar a letargia.
Da cozinha exalará cheirinho de comida saudável e saborosa, temperada com ervas caseiras e elaborada com muito carinho.
Nos quartos, reinará o amor e na sala brindaremos com vinho e simplicidade a presença dos amigos mais queridos.
A música preencherá todos os ambientes, mudando de acordo com o humor da gente.
Haverá biblioteca, onde guardaremos alguma sabedoria e os nossos recuerdos. Na parede, o mapa mundi sempre evidenciará a nossa pequenez e a grandeza do quanto falta por conhecer.
A casa não necessariamente será matéria, mas os sonhos serão constantes e a realidade, em qualquer espaço, harmônica e feliz.

E por falar em passarinho...

Tem uma história muito bonitinha na minha família.
Meu tio Mendes, quando criança, costumava freqüentar a casa de sua tia Edith, na Vitória.
Cercada de árvores e flores, a casa atraía toda qualidade de pássaros, que vinham se alimentar e, saciados, batiam as asas, seguindo o seu destino.
Tio Mendes ficava impressionado com aquilo, tendo perguntado, em uma ocasião, porque os passarinhos iam embora.
Como educadora que era, a tia esmerou-se em lhe explicar o ciclo de vida das aves. Revelou que, enquanto estavam no ninho, a mamãe ensinava o seu filhote a se alimentar e a voar e que, quando estava apto a executar essas tarefas sozinho, o pássaro se independizava, alçando o seu vôo solo.
Diante de tal explanação, tio Mendes, reflexivo, comentou:
“Titia, que eu fosse um passarinho, nem que soubesse voar, saía de perto de mamãe”.