Quero quitar os freios,
sair cantarolando alto pelas ruas,
skipando como quando criança,
dizer praquela senhora
o quanto o seu sorriso me ilumina cada manhã,
alisar os longos cabelos do menino na esquina,
pedir emprestada a bicicleta pra dar uma voltinha,
apertar as bochechas rosadas do bebê,
provar a cereja exposta na feira,
gritar repetidamente no tunel do metrô,
naquele bem grandão la do Paseo de Gracia,
e ouvir o eco da minha voz.
Mas ela ecoa dentro de mim,
repetindo que ha’ limites.
Que tristes os padrões!
Quero quitar os freios.
30/09/2005
01/09/2005
Oscilo
Oscilo
Entre o sim e o não
Vacilo
Entre corpo e alma
Duvido
Entre ir e vir
Hesito
Movo-me alternadamente
Em sentidos opostos
Rumo ao centro de mim mesma
Entre o sim e o não
Vacilo
Entre corpo e alma
Duvido
Entre ir e vir
Hesito
Movo-me alternadamente
Em sentidos opostos
Rumo ao centro de mim mesma
31/08/2005
Ainda sobre conexão...
Folhas conexas: diz-se das folhas cujas pétalas opostas são unidas pela base.
Almas conexas
O espaco separa:
Oceano atlantico.
O tempo distancia:
Aqui são 7, la 2
Unem-se os dedos nos teclados
Olhos nos monitores
Se encaram
Buscas perdidas nos icones,
nos sites,
nos bares da esquina, onde nao estas
Encontros não marcados
Corpos desencontrados
Almas conexas
Oceano atlantico.
O tempo distancia:
Aqui são 7, la 2
Unem-se os dedos nos teclados
Olhos nos monitores
Se encaram
Buscas perdidas nos icones,
nos sites,
nos bares da esquina, onde nao estas
Encontros não marcados
Corpos desencontrados
Almas conexas
23/08/2005
Misfit
Eu não sou daqui
Eu não sou de lá
Eu não sou de nenhum lugar
Sou eu sozinha na multidão
Sou eu, acompanhada da solidão
Sou eu e meu Jukebox
Caminhando ao som de Piazzola
Vagueando segundo a melodia do seu acordeon
Passos ao rítmo de Pass
Equilibrando-me no fio da voz de Cesária Évora
Sou eu amassando a massa do bolo com as mãos,
Sem raiva ou indignação
Sou eu e a minha xicara de chá
Que nao deixa borra, apontando o destino
Nem reflete o meu rosto cansado
Assisto, do alto, as pessoas passarem apressadas
Os punks, hippies e velhinhos
As putas, patricinhas e mauricinhos
Evidencia-se a sensação de não pertencer
Eu não sou de lá
Eu não sou de nenhum lugar
Sou eu sozinha na multidão
Sou eu, acompanhada da solidão
Sou eu e meu Jukebox
Caminhando ao som de Piazzola
Vagueando segundo a melodia do seu acordeon
Passos ao rítmo de Pass
Equilibrando-me no fio da voz de Cesária Évora
Sou eu amassando a massa do bolo com as mãos,
Sem raiva ou indignação
Sou eu e a minha xicara de chá
Que nao deixa borra, apontando o destino
Nem reflete o meu rosto cansado
Assisto, do alto, as pessoas passarem apressadas
Os punks, hippies e velhinhos
As putas, patricinhas e mauricinhos
Evidencia-se a sensação de não pertencer
20/08/2005
Projetos imediatos
. Ser mais leve.
. Viver e satisfazer-me com o presente, sem condicionamentos futuros.
. Viver e satisfazer-me com o presente, sem condicionamentos futuros.
17/08/2005
Sabedoria materna
- Filha: Será que a instituição do casamento esta fadada ao fracasso?! Cada vez dura menos!
- Mãe: É natural: o mundo cresceu demais e não cabe mais numa estrutura pequena, como é a familiar, portanto se a relação não tiver um espectro muito amplo, sucumbe diante da grandeza do mundo e anseios das pessoas.
- Mãe: É natural: o mundo cresceu demais e não cabe mais numa estrutura pequena, como é a familiar, portanto se a relação não tiver um espectro muito amplo, sucumbe diante da grandeza do mundo e anseios das pessoas.
11/08/2005
Falsa cidadã do mundo
Ela se crê cidadã do mundo,
mas, pisando nas pedras da Côte Dazur,
sente falta de caminhar na areia fofa de arempebe .
Frequenta cafes parisinos,
Mas adora sentar em qualquer boteco em Itapuã.
Bebe horchata,
mas prefere agua de coco.
Mergulha em aguas mediterrâneas,
sonhando com o banho morninho do Porto da Barra.
Se comunica em distintos idiomas,
mas se expressa melhor em bom baianês.
Trabalha em multinacional,
pensando com nostalgia naquele escritoriozinho tão familiar.
Tem amigos espalhados pelo mundo,
mas sente muita falta daqueles que cresceram com ela.
Proclama independência,
mas quer colinho de papai.
Sorri diante da oportunidade de conhecer o mundo,
mas chora de saudade.
Ora, nao passa de uma provincianazinha metida a besta.
mas, pisando nas pedras da Côte Dazur,
sente falta de caminhar na areia fofa de arempebe .
Frequenta cafes parisinos,
Mas adora sentar em qualquer boteco em Itapuã.
Bebe horchata,
mas prefere agua de coco.
Mergulha em aguas mediterrâneas,
sonhando com o banho morninho do Porto da Barra.
Se comunica em distintos idiomas,
mas se expressa melhor em bom baianês.
Trabalha em multinacional,
pensando com nostalgia naquele escritoriozinho tão familiar.
Tem amigos espalhados pelo mundo,
mas sente muita falta daqueles que cresceram com ela.
Proclama independência,
mas quer colinho de papai.
Sorri diante da oportunidade de conhecer o mundo,
mas chora de saudade.
Ora, nao passa de uma provincianazinha metida a besta.
Questionamento
Por que vivemos querendo transformar o sonho em realidade
e não cogitamos transformar a realidade em sonho?!
e não cogitamos transformar a realidade em sonho?!
26/07/2005
Stupeur et tremblements
" ... El problema de las personas de mi especie es que si nuestra inteligencia no interviene, nuestro cerebro se duerme.."
Amelie Nothomb
Amelie Nothomb
13/07/2005
Mais uma de saudade
Brigitte Bardot (zeca baleiro)
a saudade
é um trem de metrô
subterrâneo obscuro
escuro claro
é um trem de metrô
a saudade
é prego parafuso
quanto mais aperta
tanto mais difícil arrancar
a saudade
é um filme sem cor
que meu coração quer ver colorido
a saudade
é uma colcha velha
que cobriu um dia
numa noite fria
nosso amor em brasa
a saudade
é brigitte bardot
acenando com a mão
num filme muito antigo
a saudade
é um trem de metrô
subterrâneo obscuro
escuro claro
é um trem de metrô
a saudade
é prego parafuso
quanto mais aperta
tanto mais difícil arrancar
a saudade
é um filme sem cor
que meu coração quer ver colorido
a saudade
é uma colcha velha
que cobriu um dia
numa noite fria
nosso amor em brasa
a saudade
é brigitte bardot
acenando com a mão
num filme muito antigo
12/07/2005
Certa feita
Não mandarei fotos novas
Guarde a minha imagem naquele dia
Aquele olhar, aquele sentimento e o gosto das lagrimas
Me retenha com aquela intensidade
Porque todos os dias o mundo me transforma
E eu temo ja não ser
O que aquele dia fui
Com toda verdade
Guarde a minha imagem naquele dia
Aquele olhar, aquele sentimento e o gosto das lagrimas
Me retenha com aquela intensidade
Porque todos os dias o mundo me transforma
E eu temo ja não ser
O que aquele dia fui
Com toda verdade
07/06/2005
Para um pai distante
Papia,
Esses dias tem sido difíceis!
Tudo anda um pouco turvo. Incerteza, dúvidas, inseguranças, saudade…
Os sentimentos se misturam numa receita indescifravel. Vira braile, código morse… e por mais que eu encare fixamente o panorama, não consigo decifrar a mensagem.
Dos muitos caminhos que se apresentam, não sei por onde seguir…
Nesse furacão, aflora a menina em mim e entre todas as dúvidas, evidencia-se uma certeza : eu quero colinho de papai!
Te amo!
Esses dias tem sido difíceis!
Tudo anda um pouco turvo. Incerteza, dúvidas, inseguranças, saudade…
Os sentimentos se misturam numa receita indescifravel. Vira braile, código morse… e por mais que eu encare fixamente o panorama, não consigo decifrar a mensagem.
Dos muitos caminhos que se apresentam, não sei por onde seguir…
Nesse furacão, aflora a menina em mim e entre todas as dúvidas, evidencia-se uma certeza : eu quero colinho de papai!
Te amo!
10/05/2005
06/05/2005
04/05/2005
26/04/2005
Cirque du Soleil
Adentrar o toldo do Cirque du Soleil é tranportar-se para um mundo de sonhos e fantasia. Tudo é tão cuidado e perfeito que parece quase irreal e as peripércias encenadas pelo elenco alcançam um nivel tal que parecem desafiar as leis da natureza. Se chega a questionar se aquilo não é algum tipo de mágica ou ilusão de ótica e se as figuras ali presentes são realmente seres humanos.
O espetáculo Dralion é uma fusão entre o tradicional circo chinês e a proposta avant-garde do Cirque du Soleil. O nome tem origem nos dois principais símbolos do ¨show¨: o dragão, representando o leste e o leão, o oeste. A inspiração vem da filosofia oriental de harmonia entre homem e natureza.
Se você já foi a qualquer outro circo: esqueça. O Cirque du Soleil não tem nada a ver com o que você já viu. Quebra padrões. Todos os conceitos são transformados e inovados.
Se os malabares se fazem normalmente com as mãos, aqui são executados em forma de coreografia, com todas as partes do corpo, por um bailarino que parece ter vindo do além, tamanha a sua agilidade e tão fartos e definidos os seus músculos. Se os personagens costumam sair da cochia, no Cirque eles brotam do chão ou caem do céu, espalhando emoções de parar a respiração. Um jogo tão familiar quanto pular corda é executado por pirámides formadas por até dez pessoas. Dançarinas chinesas apresentam um ballet com as pontas dos pés sobre lampâdas. Em Dralion, o Pas de Deux é aéreo e o casal, enrolado entre tiras de pano, demonstra a sua força e flexibilidade através de doces acrobacias. Isso sem falar no figurino imelhorável, nas cores, que combinam perfeitamente com cada ato e resplandecen nos olhos do espectador e na música ao vivo, sempre impactante.
Do início ao fim da apresentação, nada impresiona pouco e, em diversas ocasiões, quando o olho vacila e consegue, ainda que por alguns segundos, focar algo que não seja o palco, se pode constatar que o publico suspira e algumas pessoas seguram o queixo prestes a despencar de fascinação.
O espetáculo termina e não dá para ficar nostálgico nem querer mais. A apresentação é justo a conta para deixar qualquer um flutuando de emoção e contaminado pela alegria e beleza do circo. Fica a sensação de que ver o Cirque du Soleil tem que ser incorporado à lista do que não se deve deixar de fazer antes de morrer!
O espetáculo Dralion é uma fusão entre o tradicional circo chinês e a proposta avant-garde do Cirque du Soleil. O nome tem origem nos dois principais símbolos do ¨show¨: o dragão, representando o leste e o leão, o oeste. A inspiração vem da filosofia oriental de harmonia entre homem e natureza.
Se você já foi a qualquer outro circo: esqueça. O Cirque du Soleil não tem nada a ver com o que você já viu. Quebra padrões. Todos os conceitos são transformados e inovados.
Se os malabares se fazem normalmente com as mãos, aqui são executados em forma de coreografia, com todas as partes do corpo, por um bailarino que parece ter vindo do além, tamanha a sua agilidade e tão fartos e definidos os seus músculos. Se os personagens costumam sair da cochia, no Cirque eles brotam do chão ou caem do céu, espalhando emoções de parar a respiração. Um jogo tão familiar quanto pular corda é executado por pirámides formadas por até dez pessoas. Dançarinas chinesas apresentam um ballet com as pontas dos pés sobre lampâdas. Em Dralion, o Pas de Deux é aéreo e o casal, enrolado entre tiras de pano, demonstra a sua força e flexibilidade através de doces acrobacias. Isso sem falar no figurino imelhorável, nas cores, que combinam perfeitamente com cada ato e resplandecen nos olhos do espectador e na música ao vivo, sempre impactante.
Do início ao fim da apresentação, nada impresiona pouco e, em diversas ocasiões, quando o olho vacila e consegue, ainda que por alguns segundos, focar algo que não seja o palco, se pode constatar que o publico suspira e algumas pessoas seguram o queixo prestes a despencar de fascinação.
O espetáculo termina e não dá para ficar nostálgico nem querer mais. A apresentação é justo a conta para deixar qualquer um flutuando de emoção e contaminado pela alegria e beleza do circo. Fica a sensação de que ver o Cirque du Soleil tem que ser incorporado à lista do que não se deve deixar de fazer antes de morrer!
22/04/2005
Viva o amor e a liberdade!
¨El congresso aprobó ayer la ley que permitirá casarse a los homosexuales en las mismas condiciones que las personas de distinto sexo... El texto que modifica el Código Civil, sustituirá los términos ¨marido y mujer¨ por ¨cónyuges¨ y ´padre y madre¨ por progenitores¨.
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